Eu tô tentando.

Hoje acordei as 5 da manhã.
Horario conflituoso esse meu...mas enfim.Levantei, tomei um banho quente...
Será possivel a gente viver 24hs com um pensamento fixo na cabeça, e mal conseguir atender amigos ...ser legal?
É o que está me acontecendo.Eu tô estudando a melhor maneira de ir embora de SP, de não deixar as coisas mal resolvidas,e nem prejudicar meu filho, que já estuda, entende e sente falta de certas coisas.
Tem sido complicado com ele, pra explicar certas coisas.Ele não pode entender, se nem eu entendo.
Hoje cedo tive um pouco de febre, mas deve ser por causa da garganta que anda mal tem uns dias...tomei uma coisa qualquer, mas não sei se passou, sinto a boca arder ainda agora as 9 da manhã...
Não importa.
Tô tentando tocar pra frente, mas parece que tem um cipó me puxando pra tras, quero ser diferente, não repetir os mesmos erros, não sufocar ninguém,nem viver achando que sou traida e que mentem pra mim.
Eu explico porque me sinto assim sempre.
Talvez achem que não tem nada haver.Mas pra mim tem...
Eu era mt apegada a meu pai, até uns 6 anos.Esse apego ficou meio distante quando com 4 anos eu me ajoelhei nos pés dele pra não ir embora de casa, e ele foi.Foi, viver uma aventurazinha qualquer na rua, e deixou minha mãe, comigo pequena e mais tres irmãos entre 14 e 6 anos na época.
Me lembro nitidamente de ter perdido o fôlego chorando, e ele simplesmente retirou a minha mãozinha da perna dele, pegou a mala e sem dizer mais nada nem me abraçar foi embora.
Eu era muito pequena, pra mim aquilo era como a morte, eu estava perdendo alguem sem motivo, sem entender porque tinha que perder.
Há um tempo atrás, antes de me casar com o pai do meu filho, eu fui noiva, de apartamento comprado, relacionamento perfeito, eu não o amava, mas gostava dele, das coisas que fazia, de como me tratava bem e me cercava de atenção.
Descobri que me traía, e quase peguei uma doença dele.
São essas coisinhas, que talvez muitas pessoas que me julgam não sonham.Não porque eu queira piedade e perdão por tudo que eu faço, isso nem está nos meus planos.
Mas são marcas na minha vida, e enquanto elas não forem apagadas por alguem que me faça confiante de seus atos, vão existir e me atormentar,não me envergonho em dizer que ele deixou a minha mãe duas vezes por causa de mulher, embora nunca faltasse nada dentro de casa, e ela o perdoou ( isso eu jamais conseguiria) as duas vezes, por amor, e pelos filhos.
Não tô procurando uma parede de apoio pros meus erros.apenas contanto um fato, que eu acredito que torne meus relacionamentos dificeis, e acabe me fazendo preferir viver sozinha, como minha avó viveu, que por sinal tinha uma historia muito parecida a minha.
Eu erro muito, mas ninguem pode me julgar culpada por todos esses erros, porque todo mundo os comete o tempo todo.
É muito dificil ter passado por um casamento de 3 anos que não deu certo do primeiro ao ultimo dia, não só por culpa minha, por causa do passado não, mas por culpa do entendimento e compreensão que nunca existiram.
Hoje, eu olho pro meu filho e vejo, que talvez fosse melhor nunca ter crescido e conhecido de perto o que é ver alguem que a gente ama partir, por nossa culpa.Mas são coisas que a gente tem que passar na vida ,pra talvez aprender algo...


Eu sei que algo dentro de mim mudou...não sei se pra bom ou ruim...algumas prioridades mudaram, alguns sentimentos sairam de um lugar e foram pra outro...mas eu continuo a mesma Nina, doida,moleca,sorridente (mesmo que um sorriso artificial), deprimida do nada, ciumenta...mas algo está diferente...

Que venham os dias e me consumam.Logo faço 30 anos, e nesse dia eu quero que algo especial aconteça comigo, seja lá o que for...